terça-feira, 27 de dezembro de 2016

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Fathers

    Muito SENSACIONAL esse filme! É um filme tailandês que mostra a vida de um casal gay com seu filho, nos relatando as dificuldades para se criar uma criança em um mundo onde o preconceito se pondera mais forte que o amor.


Tmovie + Homossexualidade + Drama

   Quem me acompanha desde o comecinho sabe que eu adoro filmes com essa temática, além de achar lindo a forma de amor puro, são assuntos que infelizmente ainda são um tabu para a nossa sociedade. Mas comigo não tem esses preconceitos e vou sim falar de casal gay hoje e de como esse filme é muito bom!

Sinopse:
   Phoon e Yuke são um casal gay que espera pela legalização do casamento homoafetivo na Tailândia. Os dois tem um filho adotivo, Butr, e estão com esperanças de que a nova legislação dê mais segurança e estabilidade para sua família. Entretanto, graças à intervenção da diretora da Organização de Proteção dos Direitos das Crianças, que acredita que o menino precisa de uma figura feminina, a mãe biológica do garoto reaparece para tentar estabelecer uma ligação com o filho que ela abandonou. Como será que Butr e seus pais vão lidar com essas e outras situações impostas por uma sociedade preconceituosa? E como Phoon e Yuke vão vencer o preconceito de serem pais que eles tem contra si mesmos?
Sinopse retirado do Mahal Fansub

História 

                                                                                                                                     Conhecemos os pais, Phoon e Yuke, eles são um casal gay que criam uma criança desde bebê. Eles esperam que a legalização do casamento homoafetivo seja permitida na Tailândia, e assim conseguir ter mais espaço na sociedade. Porém um dia com a visita de uma diretora da Organização de proteção  dos Direitos das Crianças, as coisas começaram a complicar quando ela começa a defender que a criança deve ter uma mãe em sua vida.

   O pior não é isso, a diretora consegue encontrar a verdadeira mãe do filho do nosso casal gay, e eles começam a ter problemas sobre criação e seu amor pelo filho deles, começando a aparecer problemas de ataques preconceituosas pela sociedade.

Personagens

   Temos o Yuke, ele ama seu filho mais que tudo e o trata de forma maravilhosa. Quando começou a aparecer os problemas, ele é aquele tipo de pai que fica com mais raiva quando acontece algo com seu filho, aquele que vai passar por cima de tudo para protegê-lo. Adorei o ator e realmente pude sentir seu amor pela criança.

   Temos Phoon, namorado de Yuke. Ele faz o tipo de pai mais cabeça digamos assim, mais racional. Normalmente é ele que controla Yuke quando o mesmo fica com raiva de algum tipo de comentário preconceituoso que fazem sobre eles. Também ama seu filho mais que tudo e faz o que for preciso para vê-lo feliz.

   A diretora foi o problema da vez, na verdade uns dos problemas. Ela defende a teoria que uma criança precisa da mãe para poder ser criada da melhor forma. É a causadora inicial dos problemas do nossos personagens principais.

   Para finalizar os personagens, temos a nosso menininho. Ele foi criado desde bebê por Yuke e Phoon. Um garoto exemplar e educado, porém fica confuso quando começa a sofrer bullying por seus colegas de classe por ter dois pais. Achei o ator bem fraquinho, já vi atores mirins atuando bem melhor, porém conseguimos sentir o que ele passa até por ser um assunto que convivemos na nossa sociedade atual e pela atuação dos atores que fazem os pais dele.

Bullying

   Um tema interessante que o filme retratou foi a forma que as crianças veem o mundo por influência de seus pais. O nosso principal começa a sofrer bullying no colégio por ter dois pais, ele começa a sofrer violência verbal e física, apesar que não foi retratado tanto a física. Violência essa acometida por crianças da mesma idade que escutam de seus pais história horríveis e preconceituosas sobre casais gays. É importante a gente olhar essa parte do filme com um olhar crítico, não é porque seu coleguinha vive com um casal homoafetivo que você deve agir violentamente contra ele, isso gera um ciclo de ódio que todos nós já conhecemos.

Ter uma mãe é realmente necessário?

   Outro fato que o filme aborda pela diretora, é a importância de ter uma mãe na vida da criança. Particularmente eu sou adepta da criança viver com pessoas que a amam, e não por causa de gênero. Já ouvi muitos comentários preconceituosos e homofóbicos em relação a isso, sou heterossexual e não sei nem 10% do que casais homo afetivos passam na realidade. Porém eu faço minha parte de respeitar e tenho o meu posicionamento de defender a criação de uma criança por pessoas que a amam e não por que a sociedade e religião diz. Se você é contra isso, pelo menos tenha o bom senso de respeitar, é o mínimo que alguém que se diz "Ter educação" deve fazer não é mesmo?

   Fathers coloca essa questão em pauta, e você assistindo ao filme consegue compreender ambos os posicionamentos, ter o seu posicionamento e respeita o outro. Achei isso bem maduro da parte dos roteiristas, essa jogada de argumentos foi e é preciso.

A Cabeça da Criança

   Só tenho elogios a esse filme. Ele também nos mostra como a criança fica nesse vai e vem entre o amor e as leis. Não só é mostrado a preocupação dos pais ou o posicionamento da diretora, mas também como a criança se sente nesse jogo da vida. O ator mirim apesar de eu não ter achado ele tão bom assim (Falo isso comparado com outros atores juvenis de filme que já assisti), a gente consegue perceber seus sentimentos em cada fala. Ele começa a agir dependendo da situação que está se passando, e isso foi interessante de se ver. O filme não fica restrito na cabeça dos adultos, mas também em uma criança que tenta entender o por que a sociedade faz essa confusão.

Cenas Românticas

   Acho importante citar que apesar de ser um filme gay, ele não foca na relação propriamente dita. Há algumas cenas de romance, mas bem poucas. Fathers ele foca na problemática e não na vida amorosa, então quem estiver procurando um filme que fale mais do romance gay, fathers não enche esse requisito.

Final

   Fechamento incompleto que completa. Vou tentar explicar melhor, o preconceito vai existir sempre desde que a sociedade mude suas mentes e abram seus olhos. O filme tem um final que se fecha para ele mas não fecha a problemática do mundo pois o problema persiste em todo canto. Porém Fathers consegue trabalhar isso da melhor forma e finaliza sua história com ar de incompleto, o que não é ruim, é apenas verdadeiro.

   É isso gente, super recomendo esse filme! Quem me acompanha sabe meu posicionamento a esses assuntos e filmes desse estilo me fascinam por retratar o que está em nossa volta e não conseguimos enxergar.  Recomendo demais fathers, é um filme de 1h30 que você vai se encantar. Ahh, se você tem algo a comentar, fique a vontade para falar nos comentários.







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